Espetáculo Solidário propõe sociedade Humanizada que diga “não” aos preconceitos

A Escola Secundária Jaime Moniz dinamizou, nesta manhã, um espetáculo cultural solidário que teve como objetivo central a defesa da humanização da sociedade e a eliminação dos mais diferentes preconceitos sociais. Palavras de amor, partilha, empatia, ternura, vida e tantas outras ecoaram no ginásio com os alunos a mostrarem brios nas várias dimensões artísticas, desde o teatro à dança e até mesmo o canto.

A cerimónia contou com a presença do Secretário Regional da Educação, Ciência e Tecnologia, da presidente do Conselho Executivo da ESJM, da presidente do conselho de administração do Centro de Segurança Social da Madeira, do representante da Secretaria Regional da Inclusão, Cidadania e Juventude e ainda do ex-secretário regional do Turismo, João Carlos Abreu.

Ao longo de várias semanas, sob a orientação da docente Fernanda Coelho, coordenadora do Projeto “A Voz do Aluno”, os alunos, docentes e funcionários da Escola envolveram-se ativamente na preparação deste evento, que só foi possível realizar graças ao apoio do Conselho Executivo e de várias entidades solidárias que são parceiras deste projeto.

Durante o espetáculo, o tema da dependência da tecnologia digital esteve em foco, num cruzamento de diferentes gerações, com o propósito de passar a mensagem de que a tecnologia é complementar e nunca escraviza ou domina o ser humano e as suas relações sociais.

O tema controverso da inteligência artificial também “subiu” ao palco, numa sala de aula improvisada, tendo ressaltado a mensagem de que o futuro do ensino está “em nós”, sem nunca perder a sua identidade.

Um dos pontos altos do evento foi a interpretação conjunta de professores e alunos numa homenagem à humanização da sociedade, banindo preconceitos. “O preconceito mata a alma”, foi um dos gritos de ordem. A complementar, a urgência de propor uma receita contra todos os “cancros sociais”, assente na necessidade de “esvaziar o próprio ego para olhar em direção ao outro, com empatia e sem preconceitos”. Numa citação de Saramago, foi dito que “é necessário sair da ilha para ver a ilha”.

O espetáculo encheu-se de cor, luz e criatividade, numa interação entre artistas e o próprio público, todos com a consciência comum de construir um mundo melhor, de respeito mútuo e de ajudar os alunos a resolverem os seus problemas. Os alunos revelaram grande aptidões na ginástica e até mesmo na dramatização, havendo ainda lugar para belas vozes que encheram a sala de encanto.