Núcleo Museológico “O Lyceu” – Peças com história

As salas de estudo

Setembro: caderneta das salas de estudo
Proveniência: ESJM
Datação: 1953
Fotografia: Carlos Rodrigues
Pesquisa e texto: Lília Castanha

No mês em que se inicia um novo ano letivo, o NMLJM destaca uma caderneta das salas de estudo de 1953. No seu interior, a identificação dos alunos inscritos, algumas anotações e os talões de pagamento mensais, com o custo de 70 escudos.
Foi no início dos anos 30 que o reitor Dr. Ângelo Augusto da Silva procurou implementar as salas de estudo. Porém, só no ano letivo de 1939-40 houve condições para criar estes apoios pagos mensalmente pelos alunos. Aos filhos de professores e aos alunos mais carenciados eram concedidas isenções.

Os professores eram pagos à hora por estas aulas extra, e os funcionários que prestavam serviço nestas salas recebiam gratificações.
Nos anos 40 as salas de estudo registaram em média 200 inscrições por ano, com apoios teóricos e práticos. Alguns alunos do 7º ano liceal inscreviam-se apenas para a realização dos trabalhos práticos, no Gabinete de Física ou de Química, ou no de Ciências Naturais.
Durante o ano assistia-se quer à inscrição, quer à saída de alunos. As razões da saída eram várias: transferências para outras escolas, perda do ano por faltas, expulsão por não comparência, falta de aproveitamento ou falta de pagamento.
Em 1954 suspenderam-se as salas de estudo devido à diminuição da procura. A justificação foi que muitas famílias não conseguiam suportar este encargo, e que os professores ficavam sobrecarregados com estas horas adicionais.