A Revolução do 25 de Abril de 1974, 50 anos depois: um protagonista no Liceu Jaime Moniz

No dia 16 de fevereiro de 2024 as alunas Lúcia Mariana Camacho e Carolina Nóbrega da turma 11º32 da Escola Secundária Jaime Moniz, realizaram uma entrevista ao Sr. António Gonçalves, Militar de Abril.

Esta iniciativa foi organizada no âmbito da disciplina de História B e tem também como objetivo participar num concurso nacional “História Militar e Juventude – o 25 de Abril na Minha Terra”.

António Hermenegildo Gonçalves era furriel na data da Revolução e estava a cumprir o serviço militar obrigatório na Escola Prática de Cavalaria de Santarém (EPC). Revelou às entrevistadoras muitas curiosidades que fizeram parte dos seus pensamentos mais íntimos nessa altura, quando se apercebeu que talvez algo estivesse para mudar. Referia-se às estranhas autorizações que ia recebendo para reparar viaturas avariadas, algo inédito e completamente interdito em circunstâncias ditas “normais”.

A suspeita de que algo se irá passar é forte e comenta no seio familiar, quando vem à Madeira. É advertido pelo pai para as consequências de tais envolvimentos, mas como grande parte dos militares portugueses, está desgostoso e revoltado por estar preso a causas nacionais de um regime putrefacto. Aliás, era obrigatório a ida para a guerra colonial e António Gonçalves só ficou em Santarém porque um dos seus irmãos já lá tinha morrido.

Foi emocionante a participação nesta operação. Houve muita incerteza em todo o percurso e enfrentaram momentos de tensão. Contudo, transformaram a história na sua valentia, cantaram vitória no centro da confusão e são os rostos da nossa Revolução.

As suas memórias e reflexões são mais um testemunho de outra era que nos leva a analisar a importância de nunca nos esquecermos dos sacrifícios de quem teve de lutar por um país livre e democrático. Que as lições do passado continuem a guiar-nos rumo a um futuro de paz, progresso e liberdade para todos os portugueses!