Mês de janeiro
Janeiro é, nos calendários Juliano e gregoriano, o primeiro mês do ano.
Mas nem sempre foi assim. Foi o rei Numa Pompílio, que, após reformar o calendário latino que possuía apenas dez meses, introduziu mais dois meses, fevereiro e janeiro, sendo janeiro o último mês do ano, cujo intuito era preencher um hiato de 60 dias existente no primitivo calendário romano.
Janeiro foi consagrado a Jano (janus), divindade mitológica romana que tomava conta dos portões do Olimpo, cujo nome, etimologicamente, significava “passagem” (nome originário de janua – “a porta de acesso”).
É representado com uma cabeça portadora de duas faces, tendo numa mão uma vara e na outra uma chave.
Jano tinha dois rostos, que apontavam em direções opostas (céu / terra; passado / presente; interior/ exterior) é dotado de tal prudência que o passado e presente estão sempre ante os seus olhos.
Era o primeiro deus a ser invocado nas cerimónias religiosas, porque presidia às portas e aos caminhos e porque era por seu intermédio que as preces dos homens chegavam até aos deuses.
Neste âmbito, o mês de janeiro é uma homenagem ao deus romano Jano (Janus, em latim), o deus da mudança (dos começos e dos fins), com duas faces, olhando em direções opostas, uma para a guerra outra para a paz, uma para o passado outra para o futuro. Como presidia ao começo de tudo, era designado pelo deus dos inícios, das decisões e das escolhas.
Era o porteiro celeste e no seu templo, no fórum romano, as portas mantinham-se fechadas em tempo de paz e abertas em tempo de guerra, para que o deus pudesse ir sempre em auxílio dos romanos.
Janeiro é, assim, a porta de acesso a um novo ano, olhando o futuro, mas não descuidando o ano findo.