Núcleo Museológico “O Lyceu” Peças com história

O médico escolar

Fevereiro: estojo com instrumentos médicos de diagnóstico
Datação: meados do século XX
Proveniência: ESJM
Fotografia: Carlos Rodrigues
Pesquisa e texto: Lília Castanha

No dia 11 de fevereiro, assinala-se o Dia Mundial do Doente. Tendo em conta esta data, o Núcleo Museológico  apresenta um estojo com instrumentos médicos de diagnóstico, da marca inglesa Gowllands, proveniente do antigo gabinete médico do Liceu Jaime Moniz. Este estojo contém um otoscópio e um oftalmoscópio, que eram utilizados pelo médico escolar para diagnosticar problemas de audição e de visão nos alunos.

O gabinete de medicina escolar foi montado no ano letivo de 1933-34, com mobiliário, material médico e uma pequena farmácia. Mas, antes desta data, o Liceu já contava com o Dr. William Clode, o médico escolar, que permaneceu no cargo até meados dos anos 60.  Das suas funções fazia também parte inspecionar as instalações escolares, dar aulas e promover palestras sobre higiene.  A seu cargo estavam igualmente as aulas de puericultura para as alunas. O médico escolar estabelecia ainda dispensa a alunos das aulas de Ginástica, de acordo com as patologias apresentadas.

No geral, a população escolar era observada duas vezes ao ano. Surgiam casos de deficiências respiratórias, auditivas e da fala, problemas de visão ou do aparelho locomotor, cáries dentárias, anemias, baixo peso e casos de sarna, febre tifoide e difteria.  Entre os anos 30 e 50 do século XX, ocorreram epidemias de gripe, de papeira, de sarampo e de gripe asiática, que levaram ao encerramento temporário das aulas.

Os alunos que se matriculavam pela primeira vez eram vacinados contra a varíola. No ano letivo de 1954-55, iniciaram-se os rastreios ao tórax e a vacinação facultativa do B.C.G.